Vítimas de violência doméstica dividem a experiência em depoimentos na rede

Alice Pessoa, 50 anos, foi espancada pelo marido por quase 20 anos. Agressões físicas e verbais faziam parte de rotina da aposentada. Hoje ela não tem vergonha de admitir que foi vítima de violência doméstica. Mas até tomar a decisão de denunciar o companheiro à polícia, Alice teve que superar o constrangimento e a humilhação. Assim como Alice, muitas mulheres preferem se esconder e não revelar o drama que vivenciam diariamente.

Os abusos aconteciam na presença dos filhos e em locais públicos. Além disso, Alice não tinha o apoio da família. Os parentes do marido eram a favor dele. Alice conta que as agressões começaram quando ela descobriu que o marido a traía. Depois disso, as humilhações tornaram-se constantes.

- Eu apanhava todos os dias. A agressão era física e psicológica. Ele me ameaçava o tempo todo. Se eu não parasse de gritar, ele me mataria. E ele tinha uma arma em casa. Teve um dia que ele me agarrou de bruços na cama, passou o braço pelo meu pescoço e se deitou sobre mim com toda a força, fiquei sem respirar e com a coluna quase fraturada. Fiquei com de marcas roxas pelo corpo inteiro. E o pior: meus filhos assistiam tudo o que ele fazia comigo – revela Alice ressaltando que o marido ficava mais violento depois que bebia.

Na quase totalidade dos relatos das vítimas, o álcool é apontado como a principal causa da agressividade dos companheiros. Em um depoimento disponível no site Fale Sem Medo (www.falesemmedo.com.br), uma mulher, que preferiu não se identificar, descreve como o álcool pode provocar conflitos e transformar o marido em um homem violento.

- Ele é uma pessoa que fica valente quando bebe. O comportamento fica agressivo e autoritário. Sei que ele é um bom marido, mas a bebida destrói a vida dele e também a minha. Eu já tive que procurar a polícia porque ele estava tão bêbado e violento demais. Meu medo era que ele pegasse alguma faca – conta a dona-de-casa, de 31 anos.

Na maioria dos casos de denúncia fica claro que a mulher procura a delegacia para dar fim à violência doméstica e não, necessariamente, para alcançar a condenação do agressor. Osmarina Rocha da Silva, 44 anos, conta que foi espancada por 12 anos pelo marido. Durante esse período, ele ainda tentou queimá-la enquanto dormia. O motivo foi o fato de ela ter se negado a ter relações sexuais com ele.

- Uma mulher que apanha do marido só vai à delegacia quando está no limite, depois de sofrer muito. Só se sentiu uma mulher livre para criar os dois filhos depois que enfrentei o meu marido com um facão. E somente com esta atitude ele parou de me agredir – diz Osmarina.

Muitas mulheres revelam que os agressores têm dupla personalidade. Oscilam entre momentos de bondade e instantes de violência. Uma vítima que não quis se identificar conta a história do companheiro e explica que considera sua agressividade um problema de saúde.

- Geralmente ele é bom, responsável, carinhoso. Depois de alguns meses, ele explode. Muitas pessoas dizem que devo me separar. Eu também acho, porque trabalho, tenho meu dinheiro, mas não estou preparada . Eu o amo e preciso tentar pelo menos mais uma vez. Sua infância foi conturbada e sei que tem questões a resolver dentro de si. Acho que ele sofre de algum transtorno de personalidade e precisa ser tratado – completa ela.

Alice Pessoa, 50 anos, foi espancada pelo marido por quase 20 anos. Agressões físicas e verbais faziam parte de rotina da aposentada. Hoje ela não tem vergonha de admitir que foi vítima de violência doméstica. Mas até tomar a decisão de denunciar o companheiro à polícia, Alice teve que superar o constrangimento e a humilhação. Assim como Alice, muitas mulheres preferem se esconder e não revelar o drama que vivenciam diariamente.

Os abusos aconteciam na presença dos filhos e em locais públicos. Além disso, Alice não tinha o apoio da família. Os parentes do marido eram a favor dele. Alice conta que as agressões começaram quando ela descobriu que o marido a traía. Depois disso, as humilhações tornaram-se constantes.

- Eu apanhava todos os dias. A agressão era física e psicológica. Ele me ameaçava o tempo todo. Se eu não parasse de gritar, ele me mataria. E ele tinha uma arma em casa. Teve um dia que ele me agarrou de bruços na cama, passou o braço pelo meu pescoço e se deitou sobre mim com toda a força, fiquei sem respirar e com a coluna quase fraturada. Fiquei com de marcas roxas pelo corpo inteiro. E o pior: meus filhos assistiam tudo o que ele fazia comigo – revela Alice ressaltando que o marido ficava mais violento depois que bebia.

Na quase totalidade dos relatos das vítimas, o álcool é apontado como a principal causa da agressividade dos companheiros. Em um depoimento disponível no site Fale Sem Medo (www.falesemmedo.com.br), uma mulher, que preferiu não se identificar, descreve como o álcool pode provocar conflitos e transformar o marido em um homem violento.

- Ele é uma pessoa que fica valente quando bebe. O comportamento fica agressivo e autoritário. Sei que ele é um bom marido, mas a bebida destrói a vida dele e também a minha. Eu já tive que procurar a polícia porque ele estava tão bêbado e violento demais. Meu medo era que ele pegasse alguma faca – conta a dona-de-casa, de 31 anos.

Na maioria dos casos de denúncia fica claro que a mulher procura a delegacia para dar fim à violência doméstica e não, necessariamente, para alcançar a condenação do agressor. Osmarina Rocha da Silva, 44 anos, conta que foi espancada por 12 anos pelo marido. Durante esse período, ele ainda tentou queimá-la enquanto dormia. O motivo foi o fato de ela ter se negado a ter relações sexuais com ele.

- Uma mulher que apanha do marido só vai à delegacia quando está no limite, depois de sofrer muito. Só se sentiu uma mulher livre para criar os dois filhos depois que enfrentei o meu marido com um facão. E somente com esta atitude ele parou de me agredir – diz Osmarina.

Muitas mulheres revelam que os agressores têm dupla personalidade. Oscilam entre momentos de bondade e instantes de violência. Uma vítima que não quis se identificar conta a história do companheiro e explica que considera sua agressividade um problema de saúde.

- Geralmente ele é bom, responsável, carinhoso. Depois de alguns meses, ele explode. Muitas pessoas dizem que devo me separar. Eu também acho, porque trabalho, tenho meu dinheiro, mas não estou preparada . Eu o amo e preciso tentar pelo menos mais uma vez. Sua infância foi conturbada e sei que tem questões a resolver dentro de si. Acho que ele sofre de algum transtorno de personalidade e precisa ser tratado – completa ela.

12 comentários:

  1. Quando leio o depoimento dessas mulheres, vejo a minha vida, meus sentimentos. Sem a bebida temos um ótimo marido e pai, mas a bebida e as drogas destroem a nossa vida, consegui me separar, porem ainda estou presa.....

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  2. Nem toda pessoa que bebe ou usa drogas é violenta e saem batendo e agredindo as pessoas. O uso dessas substancias é apenas o estopim para quem é agressivo e violento cometer crimes. Portanto, essas substancias não tem culpa, o foco é outro.

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  3. ele não precisa beber pra ser asssim

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  4. eu apanhei de todas formas possíveis cortada de faca desmaiava e era acordada pra começar de novo...estou escondida.com medo de tudo... ainda mais porque denunciei... sem expectativa de vida

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  5. Acho também que não precisa de drogas para fazer covardia,tem homem q faz também sem usar drogas,porque já tem o espírito ruim mesmo.

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  6. Acho também que não precisa de drogas para fazer covardia,tem homem q faz também sem usar drogas,porque já tem o espírito ruim mesmo.

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  7. Sou casada a 12 anos a dois meses atrás venho sofrendo agressões verbais horríveis na frente de qualquer pessoa a 3 semanas atrás ele me agrediu verbalmente novamente e em seguida levei dois socos na cara que quebrou o meu dente e 8 pontos na boca fui arrastada pelos cabelos no meio da rua e goleada com chutes foi horrível ele estava bebado e o álcool sempre vem fazendo parte de nossas vidas e eu estou com muito medo o que fazer.

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  8. Sou casada a 12 anos a dois meses atrás venho sofrendo agressões verbais horríveis na frente de qualquer pessoa a 3 semanas atrás ele me agrediu verbalmente novamente e em seguida levei dois socos na cara que quebrou o meu dente e 8 pontos na boca fui arrastada pelos cabelos no meio da rua e goleada com chutes foi horrível ele estava bebado e o álcool sempre vem fazendo parte de nossas vidas e eu estou com muito medo o que fazer.

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  9. Tenho 43 anos...sou casada a 17 anos,nunca me dei conta em todos esses anos que vivia um relacionamento doentil...na verdade so consegui viver bem com ele os dois primeiros anos...Depois disso so sofrimento e humilhação,ciúmes,xingamentos,desconfiança,etc. Tentei me separar dele por duas vezes,mas mesmo com todo sofrimento existia uma dependência emocional da minha parte...fui embora,mas voltava na esperança que um belo dia as coisas se resolvessem e ele voltaria a ser como nos dois primeiros anos. Sempre trabalhei,financeiramente daria pra me manter sem ele,mas o emocional me travava e me deixava sem forças pra levar em frente está desicao definitivamente. O consumo de bebida alcoólica sempre foi presente na vida dele e com o passar dos anos so aumentou,mas a bebida não era o coadjuvante,porque sem a bebida era um homem ignorante,controlador,genioso e opressor.A bebida so potencializa estas caracteristicas,mas não era a grande culpada desta história. Nos últimos meses não aguentando mais esta situação,o avisei que iria me separar dele,eu tinha perdido as esperanças que um dia poderia mudar. Ai as agressoes verbais,psicológicas e ameaça começaram a virar rotinas na minha vida,e no dia 05/06/2016 fui espancada por ele após uma descurcao,aonde fui jogada no chão e encima de mim,me deu vários tapas no rosto,puxão de cabelo,bateu minha cabeça no chão,ematomas no braço,orelha ,costa e ameaça de morte. Assim que me soltou, liguei pra Polícia,representei ele,pedi medida protetiva...ele ficou detido por algumas horas até o seu cunhado ir pagar fianca e buscá-lo na cadeia...mas teve que ir pra casa do cunhado por causa da medida protetiva de urgência,que o juiz decretou. Hoje estou em uma situação pior do que estava das outras duas vezes que tentei me separar e não consegui,hoje estou desempregada e por conta da crise estou sem pesperctiva de arrumar um emprego logo,mas voltar com ele não resolve o problema,pode me levar a morte.

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  10. Se Deus quiser você vai ser bem sucedida, o estrago psicológico é muito grande, muita humilhação e se recuperar de um trauma desse é muito mais difícil do que imaginei, imaginei porque também passei por isso em Maio/2016 e até hoje minha alma dói e muito, só Deus sabe a força que faço para seguir em frente, me fortaleço em ver o rostinho de minha filha e não posso esmorecer, tenho que lhe dar exemplo de superação e força, força também para essa batalha judicial, que confesso muitas vezes não acreditar mais, por ser demorada, por às vezes ser injustiçada, humilhada e ver sua vida ser julgada na mão de uma juíza que parece nem ler o processo e muito menos saber de 1/3 de sua vida,de como consegui sobreviver estes 9 meses, também estou com medida protetiva, mas sinceramente não me sinto segura ! Acredito na justiça divina e essa não falhará.Quem apanha nunca esquece! E do outro lado penso...sabe bem o que fez e como consegue viver como se nada tivesse acontecido...a maldade continua nos processos,nas mentiras, no desprezo com a filha...Ontem saindo da delegacia me deparei com uma mulher aos prantos, assustada, mãe de dois filhos e seu marido detido por agredi-lá, não resisti e dei-lhe um abraço apertado, confortando-a com palavras de superação...sei o quanto preciso de um abraço desse porque neste momento nos sentimos muito sozinhas e na verdade somos sozinhas, escrevi várias vezes para o e-mail Maria da Penha, NUNCA obtive uma resposta de apoio, precisamos de um lugar que apoiem VERDADEIRAMENTE nós mulheres...Mas só tenho que agradecer por estar ao lado de minha filha e VIVA...todo dia 12/05 comemorarei minha nova data de aniversário.Beijo no coração de cada mulher sofrida, força e fé, venceremos e usaremos esses degraus de desespero, tristeza e humilhação para uma vida feliz, nós merecemos dignidade !

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  11. Se Deus quiser você vai ser bem sucedida, o estrago psicológico é muito grande, muita humilhação e se recuperar de um trauma desse é muito mais difícil do que imaginei, imaginei porque também passei por isso em Maio/2016 e até hoje minha alma dói e muito, só Deus sabe a força que faço para seguir em frente, me fortaleço em ver o rostinho de minha filha e não posso esmorecer, tenho que lhe dar exemplo de superação e força, força também para essa batalha judicial, que confesso muitas vezes não acreditar mais, por ser demorada, por às vezes ser injustiçada, humilhada e ver sua vida ser julgada na mão de uma juíza que parece nem ler o processo e muito menos saber de 1/3 de sua vida,de como consegui sobreviver estes 9 meses, também estou com medida protetiva, mas sinceramente não me sinto segura ! Acredito na justiça divina e essa não falhará.Quem apanha nunca esquece! E do outro lado penso...sabe bem o que fez e como consegue viver como se nada tivesse acontecido...a maldade continua nos processos,nas mentiras, no desprezo com a filha...Ontem saindo da delegacia me deparei com uma mulher aos prantos, assustada, mãe de dois filhos e seu marido detido por agredi-lá, não resisti e dei-lhe um abraço apertado, confortando-a com palavras de superação...sei o quanto preciso de um abraço desse porque neste momento nos sentimos muito sozinhas e na verdade somos sozinhas, escrevi várias vezes para o e-mail Maria da Penha, NUNCA obtive uma resposta de apoio, precisamos de um lugar que apoiem VERDADEIRAMENTE nós mulheres...Mas só tenho que agradecer por estar ao lado de minha filha e VIVA...todo dia 12/05 comemorarei minha nova data de aniversário.Beijo no coração de cada mulher sofrida, força e fé, venceremos e usaremos esses degraus de desespero, tristeza e humilhação para uma vida feliz, nós merecemos dignidade !

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